domingo, 16 de outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

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Não grito. Não falo. Não penso. Não sinto. Mal respiro. Pedra. Estátua. Olhar fixo. O que acontece? Sombra. Medo. Angústia. Pra onde correr? Não sei. Não entendo. Não consigo. Não há tristeza. Nem felicidade. Apatia. Não, não pode ser. Preciso ir. Preciso andar. Preciso mudar. Não entendo. Vejo, mas não enxergo. Tento esquecer. Pra que esquecer? Esquecer o que? Fazer o que? Dúvidas. Perguntas. Insegurança. Quase um desespero. Um desespero silencioso. Um desespero imperceptível. Ninguém entende. Ninguém vê. O que fazer? Não existe nada. Complexo. Quase irreal. Quase maluco. Mas não é tão abstrato. Enjoa. Provoca dores.  Vontade de fugir. Vontade de mudar a realidade. Quero gritar. Não faço. Dormir não dá. Agir não dá. Então paro. Estátua, mais uma vez. Todo o tempo. Todo lugar. Não mudo de lugar. Não mexo. Nada faço.


Sem sentido, mas é assim que me sinto.